terça-feira, 15 de julho de 2008

Um lembrete para eu parar de apostar

Não existe nada pior do que perder uma aposta. Perdi uma aposta ontem. Pior. Perdi uma aposta para a minha namorada. Minha trainee. Minha aprendiz.

Eu sei o que aconteceu. Tudo começou com o maldito musical A Chorus Line. Minha irmã, que pensa que é atriz, cantora e modelo ficou ensaiando essa joça por dois meses. Todo dia eu ouvia essas músicas. Todo dia a mesma história.





Uma das músicas é “Peitos e Bundas”. Eu não lembro muito bem da letra, mas sei que a dançarina explica que antes era difícil conseguir um trabalho que envolvesse o corpo, pois ela era uma tábua de passar roupa.

Depois que essa dançarina comprou peitos e bundas, conseguiu milhares de trabalhos e também conseguiu encher a minha paciência por meses.

Um dos inúmeros trabalhos que esses candidatos a atores e atrizes, colegas da minha irmã fazem, é apresentar o festival de verão e o festival de inverno no Teatro Ruth Escobar. Pois bem. Eles apresentaram a peça Hair e a peça A Chorus Line. Eu assisti as duas (não lembro muito bem de Hair) e acabei confundindo essa música. Achei que a música Peitos e Bundas fosse de Hair e na verdade é da outra.

Agora, para pagar a aposta, terei que fazer algumas tarefas em casa, durante um mês e sem direito a negociação. Por que eu fui apostar?
Já vi um amigo perder duas caixas de Brahma em uma aposta. Pensando bem, eu mesmo já perdi uma caixa de Bohemia para um amigo por causa de uma aposta de futebol. Afinal, o que leva homens inteligentes e controlados apostarem e perderem?

Não sei! Não quero pesquisar e estou puto por ter perdido a aposta. VTNC.

terça-feira, 1 de julho de 2008

A venda de bebidas alcoólicas vai despencar

A nova lei de tolerância zero em relação a beber e dirigir chegou em boa hora. Penso em todas as estatísticas e nos nomes das estradas: Rodovia da Morte (BR-116 – Régis Bittencourt), Travessia da Morte (Anel Rodoviário de Belo Horizonte), que é citada neste site como o corredor que liga a trágica BR-040 à macabra BR-381, além da “pior estrada de um país que tem algumas das piores estradas do planeta” (BR-316, que conhecemos na série de reportagens especiais do Jornal Nacional).

Tudo isso só traz à tona a lembrança do desespero e tristeza de pessoas chorando seus parentes e amigos mortos nos noticiários. O pior é quando morrem em uma data em que deveríamos encontrar apenas alegria, como o Natal, Ano Novo ou Carnaval.

Inúmeras são as histórias de conhecidos que sofreram acidentes ou testemunharam pessoas sendo massacradas pelas máquinas. O curioso é que apenas nomeamos as estradas, como se fossem as únicas responsáveis por tamanho desastre. Esquecemos de quem conduz o veículo.

O ponto central dessa lei (nº 11.705) é o limite de álcool por litro de sangue dos motoristas. A lei foi apelidada de “Lei Seca” por não permitir qualquer quantidade de álcool. Há uma escala mínima que estabelece punição administrativa para 2 decigramas (1 décimo do grama) por litro de sangue ou o motorista responde criminalmente por 6 decigramas de álcool (que corresponde a dois chopps).

Pombas! Para quê permitir um chopp que seja? Alguém vai até o bar e pede a dose permitida pela Lei Seca? Imagina a situação: “Eu chego no bar e peço um chopp. O nosso amigo Barbosa pergunta ‘Com multa ou sem multa?’; Peço sem multa e ele traz 50 ml de chopp. Eu bebo, falo tchau para os amigos e vou embora!!” Alguém acredita que é assim que acontece?

As punições são: multa de R$ 955,00, 7 pontos na carteira, apreensão do documento e do veículo. Criminalmente, a punição é de 6 meses a 3 anos, com direito a fiança. Sinceramente, 3 anos de prisão para quem poderia matar alguém depois de encher a cara, é muito pouco! Também, pudera, no Brasil não existe nem a prisão perpétua. Depois de 30 anos, o criminoso está apto a conviver conosco. Brasilzão!!!

Aliás, o que será que vai acontecer quando um juiz for pego embriagado? Será que o policial vai ser preso por desacato a autoridade? Desculpem, não resisti.

Mesmo assim, o advogado Ciro Vidal da OAB questionará a constitucionalidade de um parágrafo dessa lei, pois antes dela, o motorista podia recusar o teste do bafômetro. Hoje, ele sofrerá as penalidades administrativas.
Fico pensando como vão entrar em um acordo sobre esse parágrafo sem tornar a lei inócua. Caspita! Como vamos provar que o safado está embriagado sem o bendito do teste?

Por isso, digo que até quando tentamos fazer algo de bom nesse país, conseguimos estragar tudo! Imagina só o tanto de pessoas que vão continuar dirigindo por força de liminar (ou seja lá o que for), enquanto esse artigo é discutido?

Do lado dos motoristas, posso dizer que antes dessa lei, conheço N amigos que beberiam e dirigiriam. Não me recordo de um que tenha feito uma lambança enquanto dirigia, mas devem ter colocado inocentes em perigo. A partir de hoje, vou tomar uma providência: já que não posso beber e dirigir, vou vender o meu carro e andar de taxi. Vou economizar na gasolina, no IPVA, na manutenção e também não vou mais passar nervoso no trânsito.
Melhor: Não dirijo mais, porque parar de beber, eu não vou!

Espero que quando a estatística de mortos nas estradas durante o ano de 2008 for publicada, o número reduza, no mínimo, pela metade. Afinal, desde que a Lei Seca entrou em vigor, a Polícia Rodoviária Federal retirou das ruas 296 motoristas que estavam embriagados. Melhorou pouco, mas melhorou.

sábado, 28 de junho de 2008

Como derrubar um mito

Já recebemos N correntes por e-mail. Ainda hoje recebo e-mails para ajudar a menina com câncer no cérebro em estado terminal. A primeira vez que recebi esse e-mail estava começando a acessar a internet, por volta do ano 2000.
Era o primeiro spam da humanidade. Juro que eu queria saber quem foi o ser evoluído que inventou essa história.

Recentemente recebi um e-mail com a música Flor-de-Lis do Djavan. No e-mail estava escrito que o Djavan escreveu essa música como uma forma de desabafo pela morte de sua esposa Maria e sua filha Margarida. Fiquei emocionado. Acreditei de verdade. Após alguns momentos de reflexão, lembrei do spam da menina com câncer no cérebro.

Comecei a pesquisar. Encontrei inúmeros sites garantindo que a história era verdadeira e que o Djavan era um exemplo de compositor, visto que da tristeza conseguiu arrancar uma música tão linda. Eu não estava satisfeito com essas informações. Fui ao site oficial do Djavan. Encontrei a opção de contato e enviei uma pergunta para o e-mail djavan@djavan.com.br:

“Gostaria de saber se é verdade a história que estão espalhando por e-mail sobre essa música (Flor-de-Lis). A história conta que Djavan fez essa música para homenagear a esposa e a filha que morreram no momento do parto. Por isso que existe o trecho:
E o meu jardim da vida,
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem Margarida nasceu
Sendo que Maria é a esposa e Margarida sua filha.
Isso é verdade mesmo?
Obrigado! Boa sorte e sucesso ao Djavan.”

Enviei esse e-mail no dia 20 de junho de 2008 18:34. Recebi a resposta no dia 27 de junho de 2008 14:24. Eis a resposta:

“Em nome de Djavan agradeço seu e-mail e informo que essa estória não é verdadeira.
É completamente fictícia.
Coisas da Internet.
Abraços.
Assessoria Djavan
www.djavan.com.br

Como todos podem ver, a assessoria do Djavan desmentiu toda essa história em relação a origem da música Flor-de-Lis do Djavan. É mais um mito que caiu por terra. O ideal no mundo, seria que antes de acreditar em qualquer informação, as pessoas conferissem o que foi enviado. A história que inventaram é bonita, mas nada como conhecer a história verdadeira.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

O dia em que resolvi escrever um blog

Essa é a primeira postagem.
Sempre quis que o mundo soubesse o que eu pensava. Obviamente, esse post somente será lido por desconhecidos dentro alguns anos, quando esse blog for famoso (assim espero). Todo mundo começa de alguma maneira. Eu resolvi começar assim.
Esse blog tratará de assuntos que eu gosto e é inspirado na idéia (somente na idéia) da série Seinfeld, visto que não há um assunto específico. Se eu resolver escrever sobre política, vou escrever. Se eu resolver escrever sobre Star Trek, vou escrever. Idem para tecnologia, curiosidades, ficção científica, trabalho e também sobre o nada.
Não posso fazer nada pelas pessoas que não concordam comigo. De vez em quando, eu até tento convencer alguém. É difícil, pois a minha paciência está cada vez mais curta. Quanto mais eu envelheço, mais fico sem paciência.
Vou fazer o possível para escrever sobre qualquer assunto todo dia, entretanto não garanto, afinal eu trabalho de verdade! Tenho um trabalho como o de qualquer indivíduo da maioria da sociedade. Graças a Deus já terminei a faculdade, por isso, se eu não estiver em algum bar, posso reservar minha noite para escrever nesse blog.

Eu também gostaria de estabelecer algumas parcerias com alguns grandes amigos meus. Já tenho algumas idéias e já conversei com dois amigos: Douglas Araújo e Emílio Sopena. Os dois são da área de tecnologia e acredito que podem colaborar bastante com o blog.

Eis meu primeiro post. Dentro de um ano vou ler o que escrevi e ver onde o meu blog chegou.

Agradeço a todos que sempre ouviram as minhas idéias. A partir de hoje, poderão ler.